hoje tive de ir a coimbra tratar de umas coisas muito chatas e, já que lá estava, aproveitei para visitar a família e ir buscar as minhas sobrinhas à escola!!

o sorriso que se abriu quando me viram, os olhitos a brilhar, o gritar o meu nome e correr para me abraçar, com força! aahhh, que bom!

é tão fantástico como coisas tão simples nos podem encher o coração desta maneira!

paris fica mais bonita a preto e branco...

water games

para que não se pense que na minha vida absolutamente TUDO corre mal... este fim de semana foi bastante divertido!

os meus grandes amigos tininha e jon celebraram o 10º aniversário de vida em comum. pois, parece impossível, mas fez 10 anos na 2ª feira que e tininha pegou na sua mala de cartão, qual linda de suza dos tempos modernos, e se mudou para Londres. e passado pouco tempo, em Fevereiro do ano seguinte, eu peguei na minha mochila e na minha super mala amarela e fui para Nottingham, em erasmus. Nottingham não é a terra mais agradável do mundo e eu passava quase todos os fins de semana em Londres, onde ganhei um amigo, o jonny boy. parece que foi ontem!!

anyway... este fim de semana celebrámos. podia contar aqui como foi o almoço, a festa da noite, mas não... vou saltar directamente para os jogos de domingo!

o pai do jon é famoso pelos seus jogos intrincados, que normalmente incluem jogos de palavras, muitas caminhadas, fotografias de gente famosa para adivinhar, tesouros escondidos. mas este ano surpreendeu-nos a todos. o 1º jogo da tarde foi o water game! como nos explicou o game master, o jogo, uma verdadeira batalha campal, consistia no seguinte: equipas de 2; a cada elemento era dada 1 pistola de água e 1 vela acesa; cada um deveria proteger o companheiro de equipa, ao mesmo tempo que tentava apagar as velas dos outros com as pistolas de água, sem deixar a sua própria vela apagar-se. muuuito difícil, como podem imaginar, tentar correr e disparar sem, ao mesmo tempo, deixar apagar a vela. infelizmente, fazia demasiado vento e as velas apagavam-se imediatamente. mas logo arranjámos uma solução! cada um, em vez da vela, deveria segurar na mão um guardanapo de papel que deveria tentar manter seco. foi muito divertido! estava calor e a água sabia bem. eu fui a vencedora do 1º grupo e os irmãos brooker os vencedores do 2º. mas mesmo depois de terminado o jogo, a guerra continuou... agora todos contra o game master com a sua mega pistola!! hahaha!!

a coisa vai...

Hoje tive de voltar à lusitaniagás na loja do cidadão logo pela manhã, porque os idiotas não me foram ligar o gás ontem como prometido (depois de horas a tentar ligar para a linha verde sem qualquer sucesso, já lá tinha ido ontem à tarde). Depois de feita nova reclamação e de ter uma pequena reunião com o advogado da loja do cidadão, decidi não reclamar no livro amarelo porque, estupidamente, ali apenas se reclama do atendimento do balcão, que foi das duas vezes bastante satisfatório. Para reclamar com a Lusitaniagás, só enviando uma carta para a sede. Enfim. E só voltei a ter gás depois das 11!!

Como tinha de ficar perto de casa à espera que lá fossem ligar a coisa, fui até à lavandaria lá perto levar o tapete da sala, que foi presenteado com coco de gata na 6ª feira. Lá vão mais 40€ para a limpeza... que espero partilhar com o dono da dita gata.

E já que andava nestas lides, fui finalmente tratar da questão do carro. A oficina já tinha aberto depois das férias, consegui que me viessem trazer as chaves e logo depois do almoço fui comprar um pouco de gasolina e passei pela oficina para virem comigo por o carro a trabalhar. Dei-lhe de beber, ligaram-lhe uma bateria e o Ernesto acordou!! Ah que saudades daquele barulhinho! E de o conduzir. Levei-o até ao mecânico e agora é esperar que fique prontinho e de inspecção feita. Fiquei cheia de vontade de o levar a passear outra vez. Nem quero é ver depois a conta!! Ai, vida a minha!

Mas a coisa lá vai, devagar, aos solavancos, às vezes mais para trás que para a frente, mas vai... como se pode.

e o fim, quando chega??

No outro dia li esta frase "no fim dá sempre tudo certo. se ainda não deu certo, é porque não chegou ao fim" e achei-a interessante. Serviu-me de mote durante uns dias, a ver se me animava, se me fazia acreditar que um dia isto melhorava. Mas porra, não há jeito de ver o fim a tanta merda na minha vida. Estou cada vez mais segura que devo ter feito muito mal a muita, muita gente noutra encarnação! É que só pode!!

São 4 anos a trabalhar para o Estado, sem contrato, a receber quando calha e a porcaria da avença prometida, finalmente já aprovada pelos ministérios devidos e pronta a ter andamento, que foi para o gabinete-buraco-negro de uma tal sra. administradora e desde que aí entrou nunca mais se ouviu falar!! E o trabalho nem sequer é um maravilha!

É a merda do salário que teima em não chegar... desta vez já lá vão 8 meses sem receber e, por este andar, antes do fim de Setembro não vou ver nenhum!!

É o meu querido 2CV que, avariado e sem dinheiro para o mandar a arranjar, tem estado estacionado na minha rua à espera de dias melhores e que tem de ser removido da rua até ao final da semana (recebi uma notificação da Câmara na semana passada)!!

Foi a merda da gata da vizinha que me invadiu a casa na 6ª à noite, não deixou ninguém dormir, cagou na minha carpete e deixou tudo a cheirar a gato e, como sou hiper-alérgica a gatos, mal entro em casa começa a comichão no nariz!!

São os requerentes a reclamar todo o dia!! É a família doente!! É toda a gente a dizer-me "pior já não pode ficar" ou "tudo vai passar" ou "é só uma fase" ou "depois da tempestade vem a bonança" ou mesmo "é uma boa altura para jogar no euro milhões"!! São as noites uma vida inteira passadas sózinha!! São as dores de período que chegaram em força esta manhã!! São as tijoleiras do chão da sala que se partiram todas!! É o esquentador que avariou!! etc, etc, etc

E, para não me armar em esperta, a animar-me com a perspectiva de ir para Angola ou com a grande festarola que se avizinha para este fim de semana... CORTARAM-ME A MERDA DO GÁS ESTA MANHÃ!!

Mas que mal fiz eu para merecer isto? Alguém me sabe dizer? É que às tantas ando p'raí a fazer sofrer meio mundo ou a causar alguma catástrofe e nem me apercebo...

caminhos de ferro portugueses

No sábado decidi ir até à Quinta do Panasco de comboio. Para lá chegar, tive de apanhar 3 comboios: Aveiro-Pampilhosa, Pampilhosa-Guarda e, finalmente, Guarda-Caria. Era para apanhar o IC das 9:54 em Aveiro, mas como a gata do vizinho me invadiu a casa durante a noite e o despertador, do mesmo vizinho, disparou às 7 da matina com música em altos berros e não estava lá ninguém para o desligar, cheguei muito mais cedo que o previsto à estação e apanhei o 1º regional com destino à Pampilhosa.

É uma estação de entroncamento da linha do norte com a linha da beira, com uma fábrica abandonada de um dos lados e muitas automotoras estacionadas nas linhas. Ainda deu tempo para tirar umas fotos e ler um pouco do jornal. O IC para a Guarda chegou com uns 10 minutos de atraso, já passava das 10:30 e como a automotora para Caria saía da Guarda 5 minutos depois da chegada do IC, pedi ao pica para avisar, na tentativa que a automotora esperasse por mim. A viagem até à Guarda dura umas 2 horas e faz-se muito bem, com uma bela paisagem a passar pelas janelas do comboio.

Cheguei à Guarda uns 10 minutos depois da hora a que devia partir a automotora, mas ela lá estava, à minha espera. Literalmente. Fora o condutor e o pica, a automotora saíu da Guarda apenas com um passageiro... eu. A viagem até Caria demora 1 hora, as solavancos pelas encostas da Serra , mas vale a pena fazer pelo menos 1 vez. Passa pelas estações Barracão/Sabugal, Benespera, Maçainhas de Belmonte, Belmonte/Manteigas e Caria, nunca ultrapassando os 50 km/hora, o que permite ir apreciando a vista da Cova da Beira com a Serra da Estrela ao fundo.

Em Caria entraram finalmente 2 homens, a caminho da Covilhã. Mas aqui saí eu e a automotora continuou o seu caminho...

Naguib Mahfouz (1911-2006)

Antes de ontem faleceu Naguib Mahfouz, escritor egípcio, nobel de literatura, o único árabe alguma vez a recebê-lo.

Foi considerado o maior escritor árabe do século XX e muitos de seus personagens são bastante conhecidos dos egípcios e do mundo árabe, pois várias das suas obras foram transformadas em filmes e programas de televisão. No entanto... a primeira vez que eu ouvi falar de Naguib Mahfouz foi no Egipto quando perguntei a uma das pessoas que por lá conheci que livros egípcios me recomendavam. E foi assim que tive a oportunidade, e o prazer, de ler este grande escritor, de percorrer as páginas da Journey of Ibn Fattouma, o relato das viagens, encontros e desencontros de um muçulmano que abandona a sua cidade corrupta, onde o seu povo sofre, em busca de Gebel, um local onde acredita ir encontrar a perfeição.

Algumas das suas obras foram traduzidas para português. Vale a pena procurar.