foguetes e morteirada
hoje pela manhã fui saudada por uma série de morteiros, seguida de alguns mais modestos foguetes, em jeito de início de festa. mas… hoje é quinta-feira, dia de trabalho, lá é dia de iniciar uma festa, pensei eu. pois bem, estava enganada! os simpáticos morteiros matinais anunciavam o início das festas em honra da nossa senhora das febres, que decorre no bairro da beira mar, que chamo carinhosamente de meu há já quase década e meia.
não consigo encontrar o programa das festas em lado nenhum, mas descobri o seguinte interessante hábito:
«Ao dar da meia-noite, na véspera de S. João, muitas pessoas, de todas as idades e de ambos os sexos, iam rebolar-se no declive da pequenina eminência onde assenta, junto do típico canal de S. Roque, a capela da Senhora das Febres.
Em trajos menores, estendiam-se ao comprido com a soleira da porta do modesto templo beira-marense e, depois de proferirem, três vezes, "Em louvor de S. João, pra me tirar a rapeira, sim ou não", desatavam a rebolar até ao largo fronteiro. Protestavam ficar curados e mesmo preservados da "rapeira" e de todas as doenças da pele... A assistir, discretamente, que é como quem diz, "à descoroçoa", não faltavam mirones. Tal usança perdurou até fins da primeira metade do século em curso [séc. XX] – mais coisa menos coisa...».
João Sarabando
não consigo encontrar o programa das festas em lado nenhum, mas descobri o seguinte interessante hábito:
«Ao dar da meia-noite, na véspera de S. João, muitas pessoas, de todas as idades e de ambos os sexos, iam rebolar-se no declive da pequenina eminência onde assenta, junto do típico canal de S. Roque, a capela da Senhora das Febres.
Em trajos menores, estendiam-se ao comprido com a soleira da porta do modesto templo beira-marense e, depois de proferirem, três vezes, "Em louvor de S. João, pra me tirar a rapeira, sim ou não", desatavam a rebolar até ao largo fronteiro. Protestavam ficar curados e mesmo preservados da "rapeira" e de todas as doenças da pele... A assistir, discretamente, que é como quem diz, "à descoroçoa", não faltavam mirones. Tal usança perdurou até fins da primeira metade do século em curso [séc. XX] – mais coisa menos coisa...».
João Sarabando
para o ano que vem, a ver se me lembro de tentar esta técnica para livrar-me da “rapeira” que tenho nas mãos!!
no ano passado, estes jovens vieram animar as festas. estou em pulgas para ver quem virá este ano! :)
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this morning i was greeted by a series of mortars (not real warlike mortars, but a kind of fireworks well known to the portuguese public), followed by a series of somewhat more modest fireworks, in a party starting kind of way. but… today is thursday, a workday, not a day to start celebrations! well, i was wrong! the friendly morning mortars were announcing the beginning of the celebrations for our lady of fevers (hehehe, in English it does sound funnier), that takes place in the by-the-sea quarter (once again, in english… hahaha), to which i've been lovingly calling my own for almost a decade and a half.
Etiquetas: tradição
Tb me vou rebolar pra tirar a rapeira de atleta do pé!
eh eh
Mas os onda viva são do piorio, meu deus!!!!
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