as aventuras de uma pseudo-técnica superior
ah pois! para quem pensava que as aventuras tinham acabado... desenganem-se!! nada disso. a mim é que me tem faltado a vontade de escrever. tem acontecido de tudo. sempre surreal, claro!
desde, em Dezembro, ter de vagar o meu gabinete com SUPER urgência porque iria ser ocupado por outros serviços (ainda continua vazio) e ter sido atirada primeiro para a secretária de uma colega que estava de férias, depois para a sala de reuniões para finalmente me enfiarem na sala do meu ex-chefe, a última pessoa com quem queria partilhar o edifício, quanto mais o gabinete. passando por mudança de instalações porque iria ser criada uma nova entidade, para onde irei ser transferida, mas que continua por ser parida, onde não temos telefone ou internet. até aos já quase 7 meses sem receber... outra vez!!
ontem convocaram-nos para uma reunião em Coimbra. não nos disseram o assunto, mas logo adivinhamos que se trataria dos contratos, ou da falta deles. o calor que se sente naquela cidade é uma coisa quase física, pesada. não há ponta de vento, é abafado e o sol queima! naquela pequena distância entre a nova sede e o local onde fomos almoçar, deu para me lembrar que realmente não sinto saudades de ali estar. especialmente no verão.
chegámos à dita reunião e ali estávamos, 17 falsos recibos verdes que irão ser transferidos (ou não) para a tal nova entidade. todos ansiosos por ouvir que iriam agora inventar. em mais de 5 anos de prestações de serviços àquela casa, nunca nos tinham convocado. não esperávamos nada de bom. e assim foi.
as senhoras que se nos dirigiram, tinham isto para nos dizer. a lei da contratação pública, publicada em fevereiro, não permite, afinal, fazer contratos com pessoas individuais, sem que sejam previamente autorizados pelo ex.mo secretário de estado da administração publica. apresentaram-nos então 2 propostas para nós. ou melhor, opções. ou nos constituímos como sociedades unipessoais e então poderão celebrar contrato, ou deixamos tudo como está e arriscamos o não, mais que certo do secretário de estado.
e largam assim a bomba! em Julho!! como se fosse simples, fácil. como se fosse absolutamente a mesma coisa. como se criar uma empresa não implicasse custos, despesas. como estarmos 7 meses sem receber fosse normal. e ainda têm a lata de dizer que, atenção, os projectos ainda não foram aprovados! que ainda há a hipótese de serem chumbados, o que, aliás, todos sabíamos, que assumimos o risco.
o quê?? foi a primeira vez que ouvimos isto! desde o início que pergunto " e se os projectos não forem aprovados?" não se preocupe!! foi a resposta ouvida vezes e vezes sem conta.
confesso que ao fim de 3 horas de conversa e discussão, fiquei sem saber como resolve isto. criar uma empresa está fora de questão! compactuar com este estratagema para, mais uma vez, dar a volta à questão dos falsos recibos verdes. o Estado quer penalizar, por um lado, as empresas que contratem recibos verdes mas, por outro, é o primeiro a propor subterfúgios para ultrapassar as suas próprias regras.
mas a questão é... por que raio ainda me surpreendo? porque ainda me preocupo? porque raio continuo aqui?? a falta de emprego, de alternativas é a resposta fácil. mas não se tratará mesmo de uma espécie de conformismo?
aaaahhh!! vidinha miserável!
desde, em Dezembro, ter de vagar o meu gabinete com SUPER urgência porque iria ser ocupado por outros serviços (ainda continua vazio) e ter sido atirada primeiro para a secretária de uma colega que estava de férias, depois para a sala de reuniões para finalmente me enfiarem na sala do meu ex-chefe, a última pessoa com quem queria partilhar o edifício, quanto mais o gabinete. passando por mudança de instalações porque iria ser criada uma nova entidade, para onde irei ser transferida, mas que continua por ser parida, onde não temos telefone ou internet. até aos já quase 7 meses sem receber... outra vez!!
ontem convocaram-nos para uma reunião em Coimbra. não nos disseram o assunto, mas logo adivinhamos que se trataria dos contratos, ou da falta deles. o calor que se sente naquela cidade é uma coisa quase física, pesada. não há ponta de vento, é abafado e o sol queima! naquela pequena distância entre a nova sede e o local onde fomos almoçar, deu para me lembrar que realmente não sinto saudades de ali estar. especialmente no verão.
chegámos à dita reunião e ali estávamos, 17 falsos recibos verdes que irão ser transferidos (ou não) para a tal nova entidade. todos ansiosos por ouvir que iriam agora inventar. em mais de 5 anos de prestações de serviços àquela casa, nunca nos tinham convocado. não esperávamos nada de bom. e assim foi.
as senhoras que se nos dirigiram, tinham isto para nos dizer. a lei da contratação pública, publicada em fevereiro, não permite, afinal, fazer contratos com pessoas individuais, sem que sejam previamente autorizados pelo ex.mo secretário de estado da administração publica. apresentaram-nos então 2 propostas para nós. ou melhor, opções. ou nos constituímos como sociedades unipessoais e então poderão celebrar contrato, ou deixamos tudo como está e arriscamos o não, mais que certo do secretário de estado.
e largam assim a bomba! em Julho!! como se fosse simples, fácil. como se fosse absolutamente a mesma coisa. como se criar uma empresa não implicasse custos, despesas. como estarmos 7 meses sem receber fosse normal. e ainda têm a lata de dizer que, atenção, os projectos ainda não foram aprovados! que ainda há a hipótese de serem chumbados, o que, aliás, todos sabíamos, que assumimos o risco.
o quê?? foi a primeira vez que ouvimos isto! desde o início que pergunto " e se os projectos não forem aprovados?" não se preocupe!! foi a resposta ouvida vezes e vezes sem conta.
confesso que ao fim de 3 horas de conversa e discussão, fiquei sem saber como resolve isto. criar uma empresa está fora de questão! compactuar com este estratagema para, mais uma vez, dar a volta à questão dos falsos recibos verdes. o Estado quer penalizar, por um lado, as empresas que contratem recibos verdes mas, por outro, é o primeiro a propor subterfúgios para ultrapassar as suas próprias regras.
mas a questão é... por que raio ainda me surpreendo? porque ainda me preocupo? porque raio continuo aqui?? a falta de emprego, de alternativas é a resposta fácil. mas não se tratará mesmo de uma espécie de conformismo?
aaaahhh!! vidinha miserável!
Etiquetas: aventuras de uma pseudo-técnica superior
Citámos este post no blogue dos Precários-Inflexíveis:
http://precariosinflexiveis.blogspot.com/2008/07/o-estado-far-sua-parte.html
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