longas caminhadas
estou cansada. hoje ainda nem consegui saír de casa e já passa das 11 da manhã. não páro de andar e no entanto tenho a sensação que ainda não vi nada de shanghai. a primeira impressão mantém-se: shanghai é muuuuito grande!! e parece haver tanto para ver.
na 3ª feira passei o dia perdida numa zona a que chamam "french concession". é uma área agradável, com ruinhas cheias de lojitas, de casas relativamente baixas, agrupadas em pequenos bairros com portões a impedir a circulação livre, ficando assim silenciosos e calmos. é uma zona com bastante verde e muita gente, claro. andei, andei e andei, perdida como gosto. a certa altura o estômago começou a chatear-me e apercebi-me que realmente tinha razão. passava das 3 da tarde e ainda não tinha comido. reparei que não tinha dinheiro e comecei a procura de um multibanco. demorou, porque estava não sei onde, numas ruas menos movimentadas, com comidas estranhas por todo o lado... e o estômago a refilar!! depois de algumas voltas por sítios engraçados, lá encontrei um banco.
já com dinheiro no bolso, comecei a saga de encontrar um sítio simpático para experimentar a comida local. tinha visto no lonely planet que, não longe de onde me encontrava, havia um sítio onde se comeriam dos melhores dumplings fritos (recheados de porcom ou camarão). fui então tentar encontrá-lo. a coisa mostrou-se difícil e, em desespero, entrei num starbucks para um café e uma bomba de açúcar em forma de cheesecake de chá verde, só para me aguentar mais um pouco. uma meia hora depois lá encontrei o spot. os dumplins tinham muito bom ar. infelizmente, o mesmo não se pode dizer da senhora da caixa. se era bruta e antipática (uma característica bastante comum por estas partes) para os clientes chineses, para mim nem sequer olhou. sem menu em inglês ou com fotos à vista e depois de umas 3 ou 4 pessoas me terem passado à frente sem sequer um olhar, desisti!! :(
continuei o meu passeio e fui andando até chegar novamente à nanjing. fui a um armazém de cenas, muitas coisas, a que aqui as meninas chamam carinhosamente "fake", mas os gajos são tão chatos a tentar impingir relógios e malas, que realmente não quero, que perdi a vontade de ver o que quer que fosse e decidi ir para casa. mais uma longa caminhada e finalmente... descanso!! :)
como estava um pouco cansada, ontem achei que era melhor fazer algo mais calmito. decidi então acompanhar a Paula até ao trabalho dela, para ela me mostrar o complexo onde está o atelier onde trabalha. 1 hora e 2 autocarros depois, lá chegámos ao n.º 2218 da Yang Shu Pu Lu (Rua Yang Su Pu). passando a portaria entramos noutro mundo. trata-se de um complexo de edifícios, jardins e inúmeros espaços, numa zona industrial, recuperado explorado por um designer de Taiwan, se bem me lembro. primeiro aparece a livraria mais surreal que já vi. Muito bonita e simples, as paredes em vidro, papagaios de papel, 2 mesas com cadeiras, uma estante de madeira tosca com uma meia dúzia de livros e um empregado com ar aborrecido a completar o cenário. vamos depois andando por caminhos em pedra, formando lindos padrões, ladeados de muita vegetação, passando por ateliers, recantos, galerias, jardins, laguinhos e casas com as paredes forradas a heras, até chegarmos ao at elier da Horizon Design, onde trabalha a Paula. ela foi trabalhar e deixou-me com as máquinas para explorar o complexo. fantástico. nem dei pelo tempo passar. ao meio dia fomos almoçar no cafe lá do sítio e depois voltei para o barulho e caos da cidade.
apanhei um autocarro até perto do metro e fui até people's square para ir ao museu de shanghai. fica num edifício de base quadrada (a terra) e cupula redonda (o céu), com exposições distribuídas em 4 pisos - cerâmica, pintura, caligrafia, bronze, minorias étnicas e moeda. as exposições estão bastante bem organizadas, muitíssimo bem iluminadas e com algumas explicações e demonstrações. curiosamente pode-se fotografar tudo, o que se torna por vezes incómodo com o uso (esse não autorizado) de flashs e com os click click das máquinas (ou o barulho insuportável da câmara do telemóvel de uma japonesa que fotografava TUDO). valeu a pena.
já era tardito quando saí e como fiquei de fazer o jantar vim para casa, passando pelo supermercado.
hoje vou aventurar-me de taxi para tentar ir até à Moganshan Lu, onde fica mais um complexo de galerias de arte. os taxistas não falam inglês e só lêm caracteres chineses. já encontrei a morada em chinês, tirei uma foto aos caracteres e tentei reproduzi-los num papel. vamos lá ver se a coisa corre bem.
até já
na 3ª feira passei o dia perdida numa zona a que chamam "french concession". é uma área agradável, com ruinhas cheias de lojitas, de casas relativamente baixas, agrupadas em pequenos bairros com portões a impedir a circulação livre, ficando assim silenciosos e calmos. é uma zona com bastante verde e muita gente, claro. andei, andei e andei, perdida como gosto. a certa altura o estômago começou a chatear-me e apercebi-me que realmente tinha razão. passava das 3 da tarde e ainda não tinha comido. reparei que não tinha dinheiro e comecei a procura de um multibanco. demorou, porque estava não sei onde, numas ruas menos movimentadas, com comidas estranhas por todo o lado... e o estômago a refilar!! depois de algumas voltas por sítios engraçados, lá encontrei um banco.
já com dinheiro no bolso, comecei a saga de encontrar um sítio simpático para experimentar a comida local. tinha visto no lonely planet que, não longe de onde me encontrava, havia um sítio onde se comeriam dos melhores dumplings fritos (recheados de porcom ou camarão). fui então tentar encontrá-lo. a coisa mostrou-se difícil e, em desespero, entrei num starbucks para um café e uma bomba de açúcar em forma de cheesecake de chá verde, só para me aguentar mais um pouco. uma meia hora depois lá encontrei o spot. os dumplins tinham muito bom ar. infelizmente, o mesmo não se pode dizer da senhora da caixa. se era bruta e antipática (uma característica bastante comum por estas partes) para os clientes chineses, para mim nem sequer olhou. sem menu em inglês ou com fotos à vista e depois de umas 3 ou 4 pessoas me terem passado à frente sem sequer um olhar, desisti!! :(
continuei o meu passeio e fui andando até chegar novamente à nanjing. fui a um armazém de cenas, muitas coisas, a que aqui as meninas chamam carinhosamente "fake", mas os gajos são tão chatos a tentar impingir relógios e malas, que realmente não quero, que perdi a vontade de ver o que quer que fosse e decidi ir para casa. mais uma longa caminhada e finalmente... descanso!! :)
como estava um pouco cansada, ontem achei que era melhor fazer algo mais calmito. decidi então acompanhar a Paula até ao trabalho dela, para ela me mostrar o complexo onde está o atelier onde trabalha. 1 hora e 2 autocarros depois, lá chegámos ao n.º 2218 da Yang Shu Pu Lu (Rua Yang Su Pu). passando a portaria entramos noutro mundo. trata-se de um complexo de edifícios, jardins e inúmeros espaços, numa zona industrial, recuperado explorado por um designer de Taiwan, se bem me lembro. primeiro aparece a livraria mais surreal que já vi. Muito bonita e simples, as paredes em vidro, papagaios de papel, 2 mesas com cadeiras, uma estante de madeira tosca com uma meia dúzia de livros e um empregado com ar aborrecido a completar o cenário. vamos depois andando por caminhos em pedra, formando lindos padrões, ladeados de muita vegetação, passando por ateliers, recantos, galerias, jardins, laguinhos e casas com as paredes forradas a heras, até chegarmos ao at elier da Horizon Design, onde trabalha a Paula. ela foi trabalhar e deixou-me com as máquinas para explorar o complexo. fantástico. nem dei pelo tempo passar. ao meio dia fomos almoçar no cafe lá do sítio e depois voltei para o barulho e caos da cidade.
apanhei um autocarro até perto do metro e fui até people's square para ir ao museu de shanghai. fica num edifício de base quadrada (a terra) e cupula redonda (o céu), com exposições distribuídas em 4 pisos - cerâmica, pintura, caligrafia, bronze, minorias étnicas e moeda. as exposições estão bastante bem organizadas, muitíssimo bem iluminadas e com algumas explicações e demonstrações. curiosamente pode-se fotografar tudo, o que se torna por vezes incómodo com o uso (esse não autorizado) de flashs e com os click click das máquinas (ou o barulho insuportável da câmara do telemóvel de uma japonesa que fotografava TUDO). valeu a pena.
já era tardito quando saí e como fiquei de fazer o jantar vim para casa, passando pelo supermercado.
hoje vou aventurar-me de taxi para tentar ir até à Moganshan Lu, onde fica mais um complexo de galerias de arte. os taxistas não falam inglês e só lêm caracteres chineses. já encontrei a morada em chinês, tirei uma foto aos caracteres e tentei reproduzi-los num papel. vamos lá ver se a coisa corre bem.
até já
Shanghai, 11:50 AM
Etiquetas: viagens
lomo
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