27.4.08

Siracusa

o dia voltou a nascer solarengo e quente. acordei cedo novamente, uma constante quando estou de férias. nada como não ter obrigações para acordar com as galinhas ;)

tomei o pequeno-almoço no terraço, para aproveitar e sol, tomei um bom banho e fui dar um pequeno passeio em volta da casa. estava um vento terrível e os cães pouco simpáticos dissuadiram-me de alongar o passeio.

depois de todos prontos, fomos até Siracusa pelas estradas secundárias junto ao mar. a ideia era ir vendo o mar e visitando as prainhas, mas não é fácil. na Sicília não há domínio público junto às margens. a costa está quase toda vedada com propriedades privadas. belas vivendas e grandes muros. as estradas andam assim mais pelo interior e o que parecem ser acessos ao mar são, na verdade, acessos a mais casas. nem a um farol conseguimos chegar por encontrarmos todas as passagens vedadas com portões.


assim, chegámos a Siracusa num instante, lá conseguimos estacionar e começámos a nossa visita por Ortigia, uma pequena ilha ligada a Siracusa por 3 ou 4 pontes.

labiríntica, Ortigia parece ter sido um bairro de pescadores, sarapintado de igrejas, vielas, praças e alguns edifícios luxuosos, mas bastante degradados. no centro fica a praça do Duomo, com a impressionante catedral. na sua ponta há um castelo que parece ser interessante, mas de acesso vedado.

almoçámos numa pequena e muito simpática Trattoria, num patiozinho interior. eu provei um risotto marinare, que estava bom, apesar de salgado. os meus pais ficaram-se pelo mais seguro e comeram uma qualquer carne. no final comemos um bom canollo, acompanhado de um licor de canela.

pareceu-nos que Siracusa não tivesse muito que ver para além de Ortigia e a Neapolis e seguimos para esta última. é um parque arqueológico, com um teatro grego, um anfiteatro romano e com as pedreiras de onde foram retiradas as pedras para fazer estas obras.

começámos pelo teatro grego, uma construção impressionante, não fosse estar a ser preparada para receber espectáculo(s). parte do anfiteatro foi coberto com patamares em madeira, a zona do palco foi reconstruída, ao que parece, em cimento e está a ser construído um grande cenário em madeira. um horror, com os sistemas de luz e som, as mesas dos técnicos. enfim, alguns dirão que é o progresso, mas para mim é um crime.

daqui seguimos para as “pedreiras do paraíso”, agora autênticos jardins com grutas. uma das grandes grutas é a chamada “orelha de Dionísio”, enorme, com um feitio algo semelhante ao ouvido, uma altura incrível e com uma acústica fantástica. quando saíamos estava a entrar um grupo de estudantes e o guia explicava-lhes sobre a acústica e começou a cantar. o som era impressionante!

sem conseguirmos encontrar o anfiteatro romano decidirmos ir embora, quando reparámos que ficava noutra entrada, a caminho de onde tínhamos deixado o carro. é algo que reparei acontecer bastante na Sicília, zonas de visita divididas por diversas entradas, um só bilhete mas muito poucas indicações. tem de se andar sempre bastante atento.

já em casa, com as brincadeiras apaguei todas as fotos que tirei em Neapolis. enfim, há muitas fotos destes locais por muito sítio. minhas é que não. paciência.

fartos de pedras, rumamos a casa, com uma breve passagem por Lido di Noto, para ver o mar. havia feira e muita, muita gente.

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postado por wandering_dune às 10:00 da tarde

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