8.10.10

do imperador ao monge...

chegada a hora de partir de Nara, enfio tudo nas mochilas, como qualquer coisa na sala comum e comeco o caminho ate a estacao. esta um calor do caracas e quando chego nao ha 1 cacifo vazio onde deixar a mochilona enquanto exploro mais um pouco.

a senhora das informacoes diz que guardam bagagem numa garagem de bicicletas ali perto e quando vou a dirigir-me para la reparo numa nova fila de gente ao longo da estrada, ladeada daqueles homens estranhos com tiras amarelas no braco. desta vez nao me escapa! encosto-me ao vido da estacao, numa zona onde nao ha ninguem, e vejo passar o imperador do japao e a sua esposa, que muito simpaticamente acenam adeus a quem, emocionado e de maos postas ve pasar quem, ate ao fim da segunda grande guerra, era considerado um deus. e tambem eu me emociono. nunca tinha visto um deus!

mais umas voltitas por Nara e apanho o comboio para Osaka, de onde saira outro em direccao a koyasan. dormito um pouco e quando abro os olhos estamos no campo. a medida que nos aproximamos da montanha a paisagem vai ficando cada vez mais impressionante, ate que o comboio se embrenha na floresta densa, fazendo curca contra curva por um corredor verde estreitissimo. por vezes vislumbra-se um vale, uma aldeia, uma montanha. wow!



o comboio para em gokurabobashi, onde se apanha o mais ingreme funicular que jamais vi para fazer o resto da subida ate koya-san, a montanha sagrada. mais uma vez, a paisagem e deslumbrante.

apanho um autocarro e vou a procura do templo onde vou ficar hospedada esta noite - o henjoko-in. sou recebida por um simpatico e jovem (e bonito) monge, que me fala num optimo ingles (para japones). explica-me o funcionamento do local, onde sao os banhos femininos, abertos apenas das 4 as 6 da tarde, a casa de banho e finalmente o meu quarto. fico boqueaberta. e lindo! espacoso, chao em tatami, uma mesa ao centro, um armario com portas douradas ao fundo e... uma enorme janela sobre o jardim.

o jantar (vegetariano) e servido as 6, portanto tomo banho antes, no fantastico balneario comum, com um tanque de agua quente e varias bancas de duche. por volta das 6 outro monge leva-me o jantar ao quarto, dispoe os varios pratos numa ordem que me parece muito especifica em 3 tabuleiros, mais um para o bule, coloca uma almofada no tatami em frente e diz que depois vem buscar o tabuleiro e fazer (literalmente) a cama - o futon que esta guardado no armario.



vou dar um pequeno passeio - o templo fecha o portao as 8, chove e nao ha ninguem na rua - e outro simpatico monge, com um ar mais moderno, de t-shirt, empresta-me um guarda-chuva. quando volto a cama ja esta feita. ainda e cedo, mas amanha as 7 da manha ha canticos, portanto vou tentar dormir ao som da chuva a bater la fora, nas folhas do jardim.

Koyasan, 09:06 PM

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postado por wandering_dune às 1:06 da tarde

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