sonhos e fantasmas...
eu normalmente não sonho. ou melhor, não me lembro dos meus sonhos e portanto assumo que não sonho com nada que valha a pena lembrar. mas nestas ultimas semanas tenho-me lembrado.
o sonho, basicamente, tem sido o mesmo. bem, pelo menos o tema repete-se... nele estou num ambiente estranho, exótico, sózinha. mas sinto-me bem, a passear por sítios novos, o que tanto gosto. depois passa-se algo, ao género dos sonhos, e não sei como há alguém que me cativa, que me atrai, que se aproxima e me seduz. um jovem mas sábio viajante afro-europeu, uma linda e fogosa nigeriana, um carinhoso príncipe tailandês... tudo saído de filmes, fantasia pura, que atribuí a esta condição de solteirona em plena crise dos 32! nada de estranho.
mas esta noite... esta noite foi diferente. o local era familiar, eu estava acompanhada com amigas de infância e quem apareceu não foi um personagem saído de um conto, mas sim O meu fantasma. de repente, no meio de uma grande confusão, que envolvia uma celebração dos bombeiros (instituição para a qual, aparentemente, eu queria entrar) a minha obcessão de adolescência está ali, à minha frente. o cabelo, o olhar... o sorriso. ao fim destes anos todos, de um casamento e talvez um ou mais filhos, não cheguei a perceber, tinha chegado à conclusão que era comigo que queria estar. ouvido este discurso, fugi! provavelmente entrei em pânico, sei lá. mas escondi-me. e ele encontrou-me. e daquela maneira tão dele, os jeitos... a voz, diz-me "ficas aí ou vens comigo?" contigo aonde? "dar uma volta" não posso deixar as minhas coisas, elas... "elas não vão embora. anda!" anda?? foda-se! continuas o mesmo egoísta de merda que eras há 15 anos!! pensas que o mundo gira à tua volta e que eu... estou à tua inteira disposição. que chegas aqui e é "anda??" e começo a chorar. e ele abraça-me... abraça-me!
e acordo! acordo sem saber. sem saber se fui com ele. se iria com ele se de verdade me aparecesse aqui à porta agora. e acordo! acordo sem perceber. sem perceber porque ainda tenho dentro de mim, de forma tão vívida, o seu olhar, o seu sorriso... a sua voz... a sua sensação!
e agora escrevo sem perceber porquê. porque talvez me ajude a exorcizar de vez este fantasma? porque acredito que se escrever, a probabilidade de isto acontecer diminui? é que afinal parece que ainda me assusta não saber o fim... não saber se ía...
o sonho, basicamente, tem sido o mesmo. bem, pelo menos o tema repete-se... nele estou num ambiente estranho, exótico, sózinha. mas sinto-me bem, a passear por sítios novos, o que tanto gosto. depois passa-se algo, ao género dos sonhos, e não sei como há alguém que me cativa, que me atrai, que se aproxima e me seduz. um jovem mas sábio viajante afro-europeu, uma linda e fogosa nigeriana, um carinhoso príncipe tailandês... tudo saído de filmes, fantasia pura, que atribuí a esta condição de solteirona em plena crise dos 32! nada de estranho.
mas esta noite... esta noite foi diferente. o local era familiar, eu estava acompanhada com amigas de infância e quem apareceu não foi um personagem saído de um conto, mas sim O meu fantasma. de repente, no meio de uma grande confusão, que envolvia uma celebração dos bombeiros (instituição para a qual, aparentemente, eu queria entrar) a minha obcessão de adolescência está ali, à minha frente. o cabelo, o olhar... o sorriso. ao fim destes anos todos, de um casamento e talvez um ou mais filhos, não cheguei a perceber, tinha chegado à conclusão que era comigo que queria estar. ouvido este discurso, fugi! provavelmente entrei em pânico, sei lá. mas escondi-me. e ele encontrou-me. e daquela maneira tão dele, os jeitos... a voz, diz-me "ficas aí ou vens comigo?" contigo aonde? "dar uma volta" não posso deixar as minhas coisas, elas... "elas não vão embora. anda!" anda?? foda-se! continuas o mesmo egoísta de merda que eras há 15 anos!! pensas que o mundo gira à tua volta e que eu... estou à tua inteira disposição. que chegas aqui e é "anda??" e começo a chorar. e ele abraça-me... abraça-me!
e acordo! acordo sem saber. sem saber se fui com ele. se iria com ele se de verdade me aparecesse aqui à porta agora. e acordo! acordo sem perceber. sem perceber porque ainda tenho dentro de mim, de forma tão vívida, o seu olhar, o seu sorriso... a sua voz... a sua sensação!
e agora escrevo sem perceber porquê. porque talvez me ajude a exorcizar de vez este fantasma? porque acredito que se escrever, a probabilidade de isto acontecer diminui? é que afinal parece que ainda me assusta não saber o fim... não saber se ía...
Enviar um comentário
<< Home